O AMOR É A MORTE
O amor é a morte,
morte da entrega, da
sedução, do erotismo
que nos faz diferente
do animal...
O amor e a morte, desconhecidos,
ambos temidos...
O amor e a morte,
metafísicos,
ambos fugidios...
No amor se desaparece o
eu, assim como na morte...
No amor se busca a
completude, mesmo na ausência do outro, perda imaterial...
Na morte do amor há a
agonia , o vazio, perda material da substância corpo...O que faz buscar a
perpetuação de si através de corpos animados pelo sexo...
No amor e na morte há
o encontro e o desencontro de si.
No amor e na morte há
o êxtase...Sopro final...
No amor se perdura a
vida,
na ausência do amor se
perdura a agonia de morrer...
Não a morte do corpo
em si, mas a morte de uma identidade patética
que busca no outro o
espelho de si mesmo...
Agonia!... O drama dos
corpos havidos pela vida, sem saber que o amor é a morte final...
Na morte se afirma a
vida, compleição dos corpos, uma conjugação da intimidade...
Amar é morrer!...
24/10/2012. Às 10h00min.