Maria Dorinha,
01/03/2010.
Há em mim todas as vidas que pulsam
Rítmicas e arrítmicas
Frias e quentesDivididas e inteiras
Dormem e têm pesadelo
Acordam e sonham
Pensam e sentem
E que são várias e unas...
São vidas que se explodem
Gritam e se calam
Riem e choram
Recordam e esquecem
Cantam e emudecem
Nadam na profundeza
E afogam na margem dos seres...
Há em mim vidas
Que brincam como criança
E adoecem como velha.
Fortes e frágeis
Que se afirmam e se negam
Suicidam-se e revivem
Morrem e renascem...
Há em mim infinitas vidas
Loucas e não insanas
Que deliram e padecem
Machucam e perdoam
Que têm coragem e são covardes
Enfrentam e afugentam
Têm vontade, mas não têm força
E amam...
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