A mística de um amado...
Maria Dorinha,
21/11/2010, às 11h00minh
Maria Dorinha,
21/11/2010, às 11h00minh
Disponho à vida, caminho ao léu
rondo a cidade através do luar
onde o teu semblante me confunde
e se funde entre as sombras que se tropeçam em algum altar...
Quanta saudade de aurora!
Sou poetisa e tudo em mim transborda em emoção.
Re-ativa com o mundo. Onde blasfemo, por que demoras a me acalentar?
Meu senhor, guerreiro da vida me protege da dor.
Meu protetor que me guarda da ação e do veneno
não me deixe perecer tanto tempo sem te encontrar.
Amado, busco a ti em horas aflitas do meu existir.
Encontro-te em um ponto de luz, mas é o reluzir da minha própria alma
que se fundiu com o meu amar...
Amado passeio em passos lentos numa difícil arte de te inventar,
Fotografo mil paisagens onde tento captar a essência da sua alma.
Peço aos céus para calar a minha voz,
que grita interiormente pelo teu nome
como prece primeira em hebraico
que nem os místicos souberam interpretar...
Amado meu ventre pede pelo teu filho,
tanto tempo se perdeu no tempo.
Que de tamanha aridez
jogou-se no mundo para te procurar...
Hã, amado preciso da tua luz,
do teu consolo nesta dura hora de me aportar
nesta terra escura, onde a bluma e a única certeza
que me faz voltar...
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