segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

LINGUAGEM DISSONANTE


Linguagem Dissonante


Da linguagem o desfalecimento ao ermo,
que castamente vem com uma ilusão,
e em letras vazias emudecem em dor a alma,
que cega tristemente a linguagem do corpo,
por atar em seu próprio deslocamento
sem vibração da sensação...
Ao redor da voz,
arrebata o ventre
e cinge a uma paixão solvente...
As falas são a boca sedenta,
cujas letras em toques anseiam
um amor não ascético,
que desnuda o sentido do prazer...


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As palavras se perdem em antinomia constante,
não são o sentir e o poder...
Refletem um mal em posse
que é estranho, por vez insano,
por violar os sentidos de viver...
Cada alfabeto,
nada mais é do que o grito mudo,
de um sinal alado,
da dissonância de o próprio querer...

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Sou uma estranha contrária
das letras que me corroem,
que me destroem.
Pois, são expressões mudas,
de um toque espinhoso
duma marca d’água que escorre
na forma espasmódica de um ser...
Apenas fantasmagoria,
que vaga como fantasia num alvorecer,
e afoga todo um bem querer...



Maria Dorinha, escrito em
03/06/09
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