Um sentido qualquer para sobrevivência do amar.
Há um sentido que deixa a vida passar,
Tempo de recolhimento, onde nada há de se gostar.
Há um vazio que não se preencherá,
Porque de tanto tempo perdido
-Nada irá completar!
Há uma existência que um dia talvez vá chegar
Onde prenderá esse meu sentido
E o domará para nunca escapar
E fazer desse vôo um verdadeiro amar...
Hã um tempo de carência que nada irá suplantar,
Vejo tudo como miragem
Onde nada quero encontrar...
Um dia que é noite, onde quero te encontrar
E não te busco pelo medo de não me achar...
Quantas vidas se passam sem se viver,
No meu dúbio tempo que faz padecer.
Nem mesmo me compreendo
Porque solto o meu querer,
Será destino, será desatino
Que eu olho e deixo perecer...
Quisera ter uma fera
Que me faz correr
e me ensina que a vida
é o amor que se tem para sobreviver.
Deixo passar como navio em águas barrentas
onde se perde um tesouro ao mar...
Mas são forças que aprisiona
uma vida sem que haja um sentido para se livrar...
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