domingo, 12 de setembro de 2010

A borboleta

A borboleta


Como borboleta
teceria em tua volta,
acariciar-te-ia sem pedir licença...
Sem justificar as minhas inconstâncias,
próprias de meu ser mulher,
gestadas em dias de dor e pranto...
Despiria das roupagens modeladas
e dançar-te-ia em vestes multicoloridas,
leves contornos em plumas,
perfeita harmonia...
Onde os deuses aplaudiriam
a doçura do toque
que invadiria a alma,
uma senda para o vazio,
mas plena...


Maria Dorinha
12/09/2010,
às 21h00minh.

domingo, 5 de setembro de 2010

O PRESENTE...

O presente...



A maravilha do presente

revela-me por espanto,

a sensação da magia

do deleite em teu corpo...

O presente camufla sutilmente

em minha’lma e perdura-se a fim;

me causa pasmo,

onde a vida é a pura visão espasmódica do ventre

que dança a mágica fissão...


Maria Dorinha,
05/09/2010

sábado, 4 de setembro de 2010

O céu e a terra brigam por uma mesma razão:
-Saciar-se de paixão.
Enquanto o céu diz que a alma abarrota de amor o seu coração, a terra diz que o seu corpo inflama de excitação...
Ambos, sedentos, perdem-se em palavras vazias,
envoltos de uma linguagem abestalhada.
Estão presos em seus instintos primários
onde se recria uma real tecedura corporal
sem sinônimos ou antônimos
sem substantivos ou subjetivos,
sem imanência ou transcendência,
unicamente são em verbos de ação...

Maria Dorinha,
04/09/2010. Às 1700h.