terça-feira, 8 de março de 2011

Graças pela mulher

que de ar se revestiu toda existência.

Pelo desejo que se saciou na dor

o grande ensejo;

pelo corpo,

do ato, da emoção,

pelas vicissitudes...

Graça pela pele, pelo adorno

pelas esferas celestes das leis da natureza mulher...

Graça por uma vida, parte do parir,

do encanto

que por vezes se verte em pranto

pela vontade controlada de não ser...

Por tudo, pelo nada

por agora,

uma simples consonância
do pulsar com o viver...

Maria Dorinha,
07/03/2011