quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

VEM...


Vem...

Vem,
Gruda no meu coração
Com êxtase dançará feito salamandra
E te iluminará com chama e furor.
Mostrarei os segredos da natureza
Que ruge feito vulcão em ebulição.

Descobrirás o segredo das esferas celeste
Que te convida a brindar o livro da vida,
E sobre o manto da curiosidade, grita:
-Ah, descortina-me!

Como nômade vagarei em teu corpo grande
Esconderei a estrela guia
Para me perder em vida que te anseia.
Saciarás com água límpida
cuja boca jorrará teu nome
e em sono nupcial implorar-te-ei
 para jamais me acordar...

Maria Dorinha,
29/12/2011.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011


Quão sentidos se dão
Ao meu coração
De mão única
Que enguiça no aceno
Espreguiça no afago
Melancoliza na solidão...

 Maria Dorinha, 23/12/2011

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

PACTUA-TE!


 Pactua-te!
Com a força do vento
Que abre as portas
 arrebenta  as janelas
em som afoito
corta os varais
de roupas estendidas
 outrora vendavais...
Melodia fina
Sem enredo,
 batida ou acorde musical,
apenas o ar que te desabita
como sopro
E passa....
Sem gosto ocre, doce ou azedo
Grita-te:-Não mais o desassossego...
Passa-te feito ponteiro de relógio ao contrário,
 assista a tua própria existência sem tempo fixo.
-Por que deveras marcar o teu compasso?
Se tudo vive,
e conjuga num eterno malogro da vida
 que te convida a brindar
Com cicuta, vinho ou ar...

Maria Dorinha,
23h00min., 12/12/2011.

domingo, 4 de dezembro de 2011


Não há amor
na mão desvalida
Não traz pão, canção, poema
Vazio do nada
Errante como cão
Que rosna pelo não mais amar
Daquele que deu guarita,
Agora o desabita...

Maria Dorinha,
04/12/2011.

domingo, 30 de outubro de 2011

Estranho ser?

Estranho ser?


Estranho ser?

Talvez, como todo sim ou não

Ou como simples forma da desrazão.

O porquê não?

Amor, estranha forma de querer

Forma de amar, na própria síntese do bem querer

sem condição

de está atado fora do coração...

-Estranho ser!?

-Talvez não...

Tem pele, tem seio,

tem tesão

e tem cheiro...

O amor não é feito pão

mastiga, degusta e expulsa...

Amor tece tecido

Na própria carne que se cose

Que se imbrica...

Borda imagens imperfeitas

- De perfeitos é a junção do SÃO...

É sangue, linfa e DNA

Identifica a singularidade do amar...

Não compare com mesmice

Do amor feito cardápio

Em figura de um balcão...


Maria Dorinha,

30/10/2011.


quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Há tanto amor

Dói a alma

Embriaga qualquer calma

Tudo aflita, nada dissipa

Nesse tempo cíclico

De amar a não vez parida

Há amor que não perdura

-Vaga... Em época sem chegada e sem partida

Há vida!

Que se nega

Na encruzilhada do destino

E brinca e goza do desatino

De ser deus

A única dona de uma sorte

De se perder com própria morte...

Maria Dorinha, em 26/10/2011

Às 20h00min

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Um sentido qualquer para sobrevivência do amar.

Um sentido qualquer para sobrevivência do amar.

Há um sentido que deixa a vida passar,

Tempo de recolhimento, onde nada há de se gostar.

Há um vazio que não se preencherá,

Porque de tanto tempo perdido

-Nada irá completar!

Há uma existência que um dia talvez vá chegar

Onde prenderá esse meu sentido

E o domará para nunca escapar

E fazer desse vôo um verdadeiro amar...

Hã um tempo de carência que nada irá suplantar,

Vejo tudo como miragem

Onde nada quero encontrar...

Um dia que é noite, onde quero te encontrar

E não te busco pelo medo de não me achar...

Quantas vidas se passam sem se viver,

No meu dúbio tempo que faz padecer.

Nem mesmo me compreendo

Porque solto o meu querer,

Será destino, será desatino

Que eu olho e deixo perecer...

Quisera ter uma fera

Que me faz correr

e me ensina que a vida

é o amor que se tem para sobreviver.

Deixo passar como navio em águas barrentas

onde se perde um tesouro ao mar...

Mas são forças que aprisiona

uma vida sem que haja um sentido para se livrar...

sábado, 1 de outubro de 2011

Minhas decisões drásticas

bombásticas,

não sobram nada

nem o devir...

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Dá um sentido para o tempo



em que circulo nos espaços lacunados



de sua memória, de seu corpo...



Afaga esse tempo!



E descubra o momento



onde presentifico em seu Ser.



Reconheça esse tempo!



Que lhe completo inteira,



pela conjugação do desejo



que se torna o seu mal estar



de tonteiras, de asneiras...



- Quebra o sentido



da banalidade inteira,



com que plasma o sentido de amar...







Maria Dorinha, 23/09/2011



Às 07h00min.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Uma magia

Ao assoprar as mãos

Preenchidas pelo amar,

que ungiu o ar feito fumaça colorida

e purpurina de ouro real

que tece brilho,

Lampejo

E desassossego,

por vidrar

feito imagem refletida do seu olhar.


Maria Dorinha

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Pergunto-me dos medos, anseios, do que é o amor e o amar. Engraçado e enfadonho pensar no amar, se o próprio amor circula o si, feito êxtase provocado por ingredientes mágicos, que te retiram a consciência do tempo e do espaço.

Embriago em mim mesma na descoberta do si. Do si diminuto de perplexidade diante de uma saudade. Tonteio ao saber que o medo do amar já é o próprio amor. Quanta divagação entre o real e o fictício.

Em círculo penetro em meu pensamento feito ciranda de roda de criança, faminta percebo o vil do si que me protejo. Hã, inútil saga de viver só.

Ostento caricaturas mil em tempos de miragens, em tempos de idolatria de um passado fugaz que se foi feito oferenda aos Orixás no mar.

Quanto descaso pela sensação que me destrona feito um tirano que expulsa o rei do seu frenesi,enclausurado em castelo dourado.

Penso num amor distante, que penetrou no meu ser. A distância protege da ânsia do querer, pois é uma forte rédea para domar o medo de me perder.

Ainda assim, construo o si: Com asas, com pele, com cores, com bocas, com amor e com frenesi...

Esse si sem espelho de si, talvez seja uma caricatura do si que está longe de mim, do possível sentir.

Maria Dorinha

Saudade de um tempo futuro
de um passado presente
Saudade de mim em ti
Saudade esquecida partida
saudade,quiça, verdade.
Maria Dorinha
08/09/2011.




domingo, 4 de setembro de 2011

Amor é futebol

Amor é futebol

Uns se machucam na troca

Outros não marcam pênalti

Outros nem são escalados

Outros quase marcam gol

E nos faz gritar é quase amor.

Contemporaneamente, amor talvez seja futebol

De euforia na hora do jogo

De torcida para que o time comandado pelo coração ganhe.

É decepção quando se aposta o último tostão

E perde o almoço do amanhã

Outras vezes é comemoração de risos, copos e corpos.

Também tem o campeonato

É necessário muito mais de que uma jogada de paixão...

Maria Dorinha

04/07/2011

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Acredito somente nas grandes vontades
que move o eixo da terra
movimenta o anima
a poesia,
a doçura,
o amar,
e o agir do pensar...


Maria Dorinha,
17/08/2011.


terça-feira, 19 de julho de 2011

Às vezes gostaria de ser quem não sou

Talvez, tu me terias como o ar,

passageira, não etérea

Que ao me perder

Tu não me encontrarias

E não confundirias por somente me amar...


Maria Dorinha,

19/08/2011.

domingo, 26 de junho de 2011

AMAR...

Amar...

Minha alma carece de amar

um amor
Que me faça ser mais do que sou
E me ensine ser o que menos sou

me faça sorrir
sem alarde
como uma flor

e sem economia
d' alma...

Maria Dorinha
26/06/2011.

sábado, 25 de junho de 2011

Tempo que não ouso escrever poemas,
A razão ocupa os meus delírios
E me cega a alma
Em palavras filosóficas a fim...
Busco nos poemas
Refazer um caminho
De um sentimento sem fim.
Aquele pelo qual busco,
anseio e grito
E por vezes me envenena
Feito ácido em pele
E marca um obituário de mim mesma...

Maria Dorinha,
25/06/2011, às 11h00min.

Sensivelmente sensível

Busco o silêncio

De mim, da alma, das palavras não ditas

Do esmo do tempo

Que se plasma ao vento

De um mistério que açoita

O meu viver...


Maria Dorinha,

25/06/2011.

domingo, 19 de junho de 2011

Queria escrever um poema de redenção
Para mim mesma
Grafar o meu sentimento
Para ter evasão em verdade e ato
Com letras garrafais
Para não me perder
Em caminhos tortuosos
que não me conduz aos meus encantos
e não apaga os meus ais...
Queria escrever um poema de amor
Que diria a imensidão de terra e de mar
De algo magestosamente intenso
Um poema que me libertaria do espaço
e me faria voar sem condicional
Sem reticências, vírgulas
E que não ousaria ter um ponto final

Maria Dorinha,
19/06/2011,
às 22h00min

domingo, 12 de junho de 2011

Amor
Abuso do tempo
Que não é unguento...
Amor
Não é chegada
Partida
Nau
Causa perdida...
Amor
Presente
Em alma
E gemas...
Amor
O tempo borra
O agora
Num retrato
Que não se vai embora...


Maria Dorinha
12/06/2011, às 20:00h.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Se tantas quimeras soubessem

que de perda me perdi no medo

de amar no mar de pureza e dor.

Se tantas certezas soubessem

do medo do meu próprio

destravado amor.

Se o tempo entendesse o amor

apenas existiria a menção

do presente em flor...

Se a minha alma redimisse

o jogo de tanto pudor

te suplicaria pela triste sina

de amar somente pelo seu amor...

Maria Dorinha,

17/05/2011.

sábado, 16 de abril de 2011

A academia de corpos


A ACADEMIA DE CORPOS





A academia de corpos buscando

a perfeição dos deuses


suor, músculos em ação.


Mergulho em uma esteira,


aqueço e ativo a fluidez dos líquidos


que me banham em violentas golfadas,


que pulsam o coração em dilacerada.


Como se o sangue ao fluir através das veias


não fosse entornado de uma bebida quente ,


suave e vermelha,


que permeia as células


e vaga retirando as impurezas


que povoam o continente


de um corpo em sua grandeza...


Aciona a adrenalina e força os músculos


a carregar os pesos da vida que encharca a alma.


É como se agenciasse em fato,


a vigia de o espanto de viver neste mundo em ato.


Corro, paro, suo e desfaleço como algo já vivido em melhor apreço...


Maria Dorinha,16/04/2011

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Introspecção,

Saudades de algo vivido

em jacto

De um ser

Que apareceu sem desencanto

E partiu como algo brando

deixando incerteza de ter sem mantos,

de abraçar com as pernas em ato...desnato...


Maria Dorinha, 08/04/2011.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Dissipo tua presença

Éter translúcido,

exala o meu cheiro mulher.

Meu corpo escorre feito tempo desmedido

e colhe o passado ao vento

Incerteza de um tempo vindouro

que me acoberto pelo instante de amor sem céu...


Maria Dorinha, 28/03/2011.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Tempo de amor
Das entranhas
Afoga o tempo
Que de tempo nada se ganha.
Tempo que revigora desejo
Da espera se fez no tormento.
Tempo?
Tempo do contratempo
Que de tempo se verte
No esperar pelo momento
Do tempo
Para o gozo pleno
De saciar o contento...

Maria Dorinha,
18/03/20110, às 17h00min

terça-feira, 8 de março de 2011

Graças pela mulher

que de ar se revestiu toda existência.

Pelo desejo que se saciou na dor

o grande ensejo;

pelo corpo,

do ato, da emoção,

pelas vicissitudes...

Graça pela pele, pelo adorno

pelas esferas celestes das leis da natureza mulher...

Graça por uma vida, parte do parir,

do encanto

que por vezes se verte em pranto

pela vontade controlada de não ser...

Por tudo, pelo nada

por agora,

uma simples consonância
do pulsar com o viver...

Maria Dorinha,
07/03/2011

sábado, 12 de fevereiro de 2011

CALEI

Calei




Calei ao dizer amo-te...
Palavras que não veio ao termo,
O tempo se esvaiu o momento...
Calei
Por tempo em dizer te amo...
Palavras que talvez soem ao esmo,
Um tempo que se foi
É o tempo...




Maria Dorinha
12/02/2011, 11h.
Gosto do poema “A Genialidade da Multidão” de Charles Bukowski. Principalmente quando ele expressa sobre as pessoas ”que pregam amor, não tem amor”.

Pois, elas só alimentam da sua capacidade de amar, sugam essa beleza inefável própria do ser humano, embora nos dias de hoje seja transmutada por outras conotações.



As pessoas “que pregam o amor” na verdade precisam de alimento para nutrir a sua carência de amor ou a sua incapacidade de amar.


Seduzem porque é necessário para a sobrevivência da sua alma, do seu espírito...


É preciso se enganar, escamotear a si próprio, o outro...
Por que sem isso, nada tem sobrevivência e importância à elas.



Quando já saciaram desse alimento, mesmo que seja onírico, porque as pessoas não sabem experenciar e materializar o seu amor, partem para outro alimento, como predadores...


Quando amor enfraquece, porque nenhum amor sobrevive de anseios, o predador sai de dia, de noite, de madrugada para saciar a sua fome de amor.


Confunde como alguém sem nome, sem alma, sem nada...
Apenas, um provador de si, da carne sem alma...



Maria Dorinha

Hoje eu só quero dormir,
Esquecer da minha fraqueza.
Esquecer de mim,
De você,
Da vida
Dormir sem sonhar,
Algo como jaz...


Maria Dorinha
Guardei-me para ti
o meu amor terno
selvagem
sensível
mulher...


Guardei-me para ti
ao teu furor,
um pouco de mim,
as asas em fim
o tudo que te convier...


Guardei-me feito homeopatia,
em doses pequenas,
suave veneno,
mas que pela potência,
mata-te de amor...


Guardei-me em casulo,
que se fecha com medo do predador...


Maria Dorinha,
12/02/2011.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Dentro de mim há fases lunares
que se dividem em temporalidade,
conforme o reflexo do luar...
Na lua cheia me visto de coragem,
irradio luz e quiçá uma miragem
de sedução e glamour...
Na lua minguante detenho em medo
até do amor que me faz vibrar
e me apaixonar...
Na lua quarto crescente eu me arrependo,
de tamanha desmedida do anti amor...
Na lua crescente me encho de esperança
que o amor volte, pois a noite se veste
e mira num luar de amar...

Maria Dorinha
06/02/2011

HÁ DIAS QUE SE NEGA
A SI MESMO...
HÁ DIAS QUE SE ENFORCA
EM PALAVRAS,
E NOS ATOS SOBRA APENAS O SILÊNCIO...

Maria Dorinha,
06/02/2011.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

SÓ QUERO O SILÊNCIO

SÓ QUERO O SILÊNCIO


Só quero o silêncio
Silêncio da minh’ alma
Do meu coração
Da minha mente...
Silêncio para compreender o mundo,
a vida, o ser humano.
Silenciar no meu amar!
Silêncio, silêncio, silêncio...
Silêncio por horas,
Silêncio, talvez, por uma eternidade.
Silenciar esse é o meu canto...


Maria Dorinha,
O2/01/2011 às 09h00min

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O amor é um conto que tece
a nossa existência.
Não é externo
feito ciência, negócios, leis ou
conjecturas arquitetônicas...
O amor é um movimento interno do coração,
sem vaidade, sem maquiagem,
sem idade, sem medição...
Amar é sair do compasso,
traçado pela meta medonha
de tudo que se diz o contrário do amar...

Maria Dorinha,
31/01/2011

domingo, 30 de janeiro de 2011

Meu amor é frágil
e ao mesmo tempo forte,
algumas vezes caminha,
para e corre...
Uma hora voa
e de tempo em tempo plana...
Planta e rega ao sabor do tempo,
onde a vida o consome...
Vive certezas nas incertezas,
mas, não confunde a minha alma
que livre ama...

Maria Dorinha,
30/01/2011.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

AMAR!

Amar!

Maria Dorinha,
26/01/2011,




Amar a vida, amar você

Perdidamente amar...

Amar a alma,

Amar a pele

Amar a cor

Amar o amor...

Amar a tudo que se convém,

E não amar aquele que se desdém...

Amar na primavera

Como desabrochar em flor

Feito beija flor

Que ao sabor do néctar

Plana em vôo

Infinitamente em graça

Para o seu amor...

Amar no verão

Onde sol aquece os corpos

que em união do suor

se acoplam.

Amar no outono,

Onde o farfalhar

Das folhas no chão

Inspira os ais do amor...

Amar no inverno

E aquecer nos beijos ardentes

que queimam

feito brasa

com amor...

Amar você,

Amar a vida

Amar o amor...


ONDE ESTÁ VOCÊ

ONDE ESTÁ VOCÊ

Onde está você

meu príncipe errante?

A minha alma triste

Procura alguma cadência de amor,

e nas horas da minha demência,

esqueço as horas de mágoa

penitência

onde o corpo arde,

perece
tão fiel é o meu amor...

-É eleito, meu doce infante!

Vagueio feito anjo que plasma

em sonhos alados...

-E finjo acordar constante...


Maria Dorinha, 26/01/2011,
às 10h00min.


Busco-te
No recôncavo da imaginação
e no peito um sentimento,
que não se desterra
do meu coração...
Invento o mundo em horas ao vento
E caminho, mentindo a mim mesma
na certeza de te esquecer...
Tudo são quimeras
e me revolto com o tempo.
- Presentemente faz parte do meu viver...

Maria Dorinha, 26/01/2011
Às 09h00min




terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Amor,
ação adjetivada
do meu amar...

domingo, 23 de janeiro de 2011

Despeço-me

de algo que não me tocou,

por que há tanto amor em mim

que não se confunde

com a mera descrição de quem sou...

Maria Dorinha,
23/01/2011

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Ensina-me a ser feroz
A domar os meus medos
A não erudição...
Quero falar da pizza
Da chuva
Da conversa fiada
De sorrir desaprumada...
Quero olhar através dos teus olhos maduros,
escutar tua fala como lâmina que me atravessa
corta, sangra e fere com verdades cruéis
da minha existência...
Estou cá sem máscara,
tal como sou, descoberta,
numa realidade de essência...

Maria Dorinha, 17/01/2010.

sábado, 15 de janeiro de 2011

“Saudade de um tempo,

Onde a aurora ainda se pronuncia

Num louco embate de se avivar-te...”

Maria Dorinha,
15/01/2010.
Por que hei de reduzir o amor a meras quimeras,

se acaso não enxergas o sentimento em flor.


Por que há de se passar tempo em branco

a se confundir migalhas e prantos

por uma obra do acaso, a se saber

quando será um sim...

Meu amor é de tamanho regalo,

cambaleante nas incertezas

como incerto é o teu amor...



Maria Dorinha,
15/01/2010, às 18h00min.


segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

LINGUAGEM DISSONANTE


Linguagem Dissonante


Da linguagem o desfalecimento ao ermo,
que castamente vem com uma ilusão,
e em letras vazias emudecem em dor a alma,
que cega tristemente a linguagem do corpo,
por atar em seu próprio deslocamento
sem vibração da sensação...
Ao redor da voz,
arrebata o ventre
e cinge a uma paixão solvente...
As falas são a boca sedenta,
cujas letras em toques anseiam
um amor não ascético,
que desnuda o sentido do prazer...


***********

As palavras se perdem em antinomia constante,
não são o sentir e o poder...
Refletem um mal em posse
que é estranho, por vez insano,
por violar os sentidos de viver...
Cada alfabeto,
nada mais é do que o grito mudo,
de um sinal alado,
da dissonância de o próprio querer...

**********

Sou uma estranha contrária
das letras que me corroem,
que me destroem.
Pois, são expressões mudas,
de um toque espinhoso
duma marca d’água que escorre
na forma espasmódica de um ser...
Apenas fantasmagoria,
que vaga como fantasia num alvorecer,
e afoga todo um bem querer...



Maria Dorinha, escrito em
03/06/09
.

FRASE

"O NOSSO AMOR É COMO A ECLIPSE...
TODAS AS METÁFORAS SÃO PEQUENAS PARA DEFINÍ-LO OU EXPLICÁ-LO."

(Maria Dorinha)

domingo, 2 de janeiro de 2011

SONETOS À UM AMOR

Sonetos à um amor

Maria Dorinha,
02/01/2011, ÀS 23:OO.


És a melodia que me ajunta


as partes dissonantes de mim mesma.


Escuto um gemido de alerta,


que irradia carícias vindouras


de um amor carente de o amor...


Sentes a alma e as leis da natureza,

que de tão natural,


ungiu dois corpos flamejantes em sintonia total...


Às vezes a melancolia me ronda,


nesta passagem ornamentada


de acidentes naturais.


Mas, os meus olhos vêem a ti amado,


pelos quais te fito através da penumbra,


majestoso, e é o meu amado escultural...


E de dia que benção aos meus olhos


quando vejo sua sombra em nu tão vivo,


que me cobre o corpo pequeno,


que emana sensação,

de um sentimento plácido


mas, liberto de paixão...