segunda-feira, 28 de março de 2011

Dissipo tua presença

Éter translúcido,

exala o meu cheiro mulher.

Meu corpo escorre feito tempo desmedido

e colhe o passado ao vento

Incerteza de um tempo vindouro

que me acoberto pelo instante de amor sem céu...


Maria Dorinha, 28/03/2011.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Tempo de amor
Das entranhas
Afoga o tempo
Que de tempo nada se ganha.
Tempo que revigora desejo
Da espera se fez no tormento.
Tempo?
Tempo do contratempo
Que de tempo se verte
No esperar pelo momento
Do tempo
Para o gozo pleno
De saciar o contento...

Maria Dorinha,
18/03/20110, às 17h00min

terça-feira, 8 de março de 2011

Graças pela mulher

que de ar se revestiu toda existência.

Pelo desejo que se saciou na dor

o grande ensejo;

pelo corpo,

do ato, da emoção,

pelas vicissitudes...

Graça pela pele, pelo adorno

pelas esferas celestes das leis da natureza mulher...

Graça por uma vida, parte do parir,

do encanto

que por vezes se verte em pranto

pela vontade controlada de não ser...

Por tudo, pelo nada

por agora,

uma simples consonância
do pulsar com o viver...

Maria Dorinha,
07/03/2011