quinta-feira, 29 de julho de 2010

INCÓLUME AMOR...

INCÓLUME AMOR...
Maria Dorinha, 29/07/2010,
às 20h00minh.


Enfastiaste ou não conseguiste ouvir

o coração que solve a musculatura lânguida

de tanto reverenciar- te o amor. -Perdoai-me por te amar...

Quantos versos em dez mil palavras tocarão a tua alma?

Quantas verdades, que as desbotaram em um tempo pálido.

Por simbiose tingiu os poros da cor da tua própria pele.

Coisa preciosa esqueceu-se que te furtaram-se a jóia?

-Tempo implacável, toma-te a porção mulher!

Roupas se despem e se reviram,

se descobrem e se mostram de alma em gozo.

Quantos híbridos sentimentos suportarão esse vazio incólume.

-Enquanto tudo é medido, somado, passa-te a se subtrair...

Quantas vertentes de água, banha e recria uma imagem plácida de rainha,

que te solve e te queima o único lençol de seda.

Quanta espera do mensageiro,

cuja tranca lacrou a última mensagem

que clama pelo teu amor...