terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

AMAR


Amar...

É preciso um tempo
Para realizar a catarse do amar,
Ruminar, sentir, mimar.
Imaginar...
Quanto tempo se leva para auto gerir
a tatuagem do amar, que marca o corpo
feito renda em arco- iris, golfada de ares
e adocicados pomares?
-Uma eternidade aos de relógio em pulso
E de ação milimetricamente
anunciada pelo cromos,
que se afasta de si a impregnação
do sonhar...
Tempo que parece sem tempo
Para se embriagar a alma de bem querer
e acalentar: -Sensações vertiginosas!
Arte de inspiração dionisíaca
Dança até os olhos brilharem
Numa concupiscência por consentir, primeiramente,
o sentido para amar...
Mas o tempo urge,
quer mastigar e dissolver
qualquer som do silêncio na existência
e tudo quantificar...

Maria Dorinha,
21/02/2012