terça-feira, 17 de agosto de 2010

Hã meu amor,
dizes com veemência que me conheces.
O que eu direi a mim mesma?
Conhecer-me amado
Não é decompor-me em palavras pétreas,
Em cujo firmamento é somente para a vossa garantia
de se alojar...
Meu amado, não se diz em palavras.
Sou um ato cuja flor desabrochou,
E palavras vã vocabulário
que de nada em mim se avolumou.
Sou o nada onde o nada de mim mesma
se alastrou...
Sou a aurora dispersa,
a potência latente
onde nada se causou...
Sou indescritível
como o próprio meu amor
que por ti lançou.
E em palavras não se diz
Pois é o mistério onde tudo se avolumou.
E o tudo não é nada,
comparado ao nada que a ti se conjugou...

Maria Dorinha
17/08/2010.
O teu olhar místico
doce ternura que encanta,
ensina-me o amor
palavra límpida
tece o presente
e ainda me faz crer,
que a vida é uma eterna magia,
de um sonho encantado
que vibra todo o meu ser...

Maria Dorinha,
17/08/2010
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