terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Quando a alma padece



QUANDO A ALMA PADECE

Quando a alma padece
O corpo adoece
Sangra, pena e estremece...
Existir em dor anunciada,
Proclamada em sintoma que carece...
Quando a alma entristece
O corpo perece...

Maria Dorinha,
28/02/2012

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Sejamos amantes

Sejamos amantes

puros ou impuros,
sedentos ou mornos
mas, sejamos amantes
de sal e açúcar
de mel e fel
de paixão e obrigação
mas, sejamos amantes
de dia e noite
de vazio e cheio
de encher e tirar
de mexer e parar
de gemer e ceder
mas, sejamos amantes
de amor e amor
de qualquer jeito
de efeito...

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

AMAR


Amar...

É preciso um tempo
Para realizar a catarse do amar,
Ruminar, sentir, mimar.
Imaginar...
Quanto tempo se leva para auto gerir
a tatuagem do amar, que marca o corpo
feito renda em arco- iris, golfada de ares
e adocicados pomares?
-Uma eternidade aos de relógio em pulso
E de ação milimetricamente
anunciada pelo cromos,
que se afasta de si a impregnação
do sonhar...
Tempo que parece sem tempo
Para se embriagar a alma de bem querer
e acalentar: -Sensações vertiginosas!
Arte de inspiração dionisíaca
Dança até os olhos brilharem
Numa concupiscência por consentir, primeiramente,
o sentido para amar...
Mas o tempo urge,
quer mastigar e dissolver
qualquer som do silêncio na existência
e tudo quantificar...

Maria Dorinha,
21/02/2012