domingo, 28 de novembro de 2010

INSÔNIA


Nas horas sem sono
Faço poemas.
Onde a mente delira
O corpo se agita.
A alma excita
E o coração desfalece...
maria dorinha,
29/11/2010
É fácil calar quando o que se quer é gritar
É fácil dizer não quando o que se quer é o sim.
É fácil desistir quando o que não se quer é lutar.
É fácil viver quando o que se quer é conviver.
É fácil olhar quando o que se quer é enxergar.
É fácil ouvir quando o que se quer é escutar.
É fácil acenar quando o que se quer é abraçar.
É fácil odiar a vida, repugnar-se
quando o que se quer é aconchegar-se...
É fácil construir barreiras quando o que se quer é abrir a porteira.
É fácil dá um soco quando o que se quer é acariciar.
É fácil deduzir a vida como número em matemática
quando o que se quer é fluir como éter.
É fácil usar capuz quando o que se quer é um chapéu de abas grandes.
É fácil fechar a mão quando o que se quer é sentir o calor amigo.
É fácil desconhecer quando o que se quer é aproximação.
É fácil julgar o amor como substantivo
quando o que se quer é tornar-se o adjetivo
em seu significado da ação do verbo amar...

Maria Dorinha,
28/11/2010
Ainda dá para sonhar,
que o amor vai chegar
e ao entrelaçar,
o dia não vai terminar...
E amar sem se dá conta que o dia amanheceu
ou que a noite chegou.
Ainda dá tempo de pegar o trem,
de brincar de faz de conta
numa eterna ciranda,
onde o amor é uma espera

para se brindar...

Maria Dorinha, 28/11/2010