sábado, 12 de fevereiro de 2011

CALEI

Calei




Calei ao dizer amo-te...
Palavras que não veio ao termo,
O tempo se esvaiu o momento...
Calei
Por tempo em dizer te amo...
Palavras que talvez soem ao esmo,
Um tempo que se foi
É o tempo...




Maria Dorinha
12/02/2011, 11h.
Gosto do poema “A Genialidade da Multidão” de Charles Bukowski. Principalmente quando ele expressa sobre as pessoas ”que pregam amor, não tem amor”.

Pois, elas só alimentam da sua capacidade de amar, sugam essa beleza inefável própria do ser humano, embora nos dias de hoje seja transmutada por outras conotações.



As pessoas “que pregam o amor” na verdade precisam de alimento para nutrir a sua carência de amor ou a sua incapacidade de amar.


Seduzem porque é necessário para a sobrevivência da sua alma, do seu espírito...


É preciso se enganar, escamotear a si próprio, o outro...
Por que sem isso, nada tem sobrevivência e importância à elas.



Quando já saciaram desse alimento, mesmo que seja onírico, porque as pessoas não sabem experenciar e materializar o seu amor, partem para outro alimento, como predadores...


Quando amor enfraquece, porque nenhum amor sobrevive de anseios, o predador sai de dia, de noite, de madrugada para saciar a sua fome de amor.


Confunde como alguém sem nome, sem alma, sem nada...
Apenas, um provador de si, da carne sem alma...



Maria Dorinha

Hoje eu só quero dormir,
Esquecer da minha fraqueza.
Esquecer de mim,
De você,
Da vida
Dormir sem sonhar,
Algo como jaz...


Maria Dorinha
Guardei-me para ti
o meu amor terno
selvagem
sensível
mulher...


Guardei-me para ti
ao teu furor,
um pouco de mim,
as asas em fim
o tudo que te convier...


Guardei-me feito homeopatia,
em doses pequenas,
suave veneno,
mas que pela potência,
mata-te de amor...


Guardei-me em casulo,
que se fecha com medo do predador...


Maria Dorinha,
12/02/2011.